
Bom... Eu na verdade deveria estar arrumando as minhas coisas pra ir pra Monte Gordo, porque Camila (amiga da facul) daqui a pouco estará aqui. Mas não sei bem o que iremos fazer lá em Monte Gordo, pois Mila me ligou quando eu estava dormindo, atendi seu telefonema meio sonolenta e as únicas coisas que eu me recordo são: Monte Gordo, Jogo do Brasil, só voltamos amanhã, 15 horas tou passando aí pra te pegar. Se for alguma operação mafiosa fica registrado aqui que eu estava com Mila e provavelmente a gang toda ( Milena, Carolzinha, Vanessa,Guto, Marina, Raizel, Mariana, Maiane e por aí vai...). Vocês devem estar se perguntando porque eu topei de primeira e não retornei a ligação para Mila me explicar direito o que iriamos fazer: 1º porque só de estar em companhia deles já é válido, não importa muito onde esteja e o que esteja fazendo. É sempre mágico até fazendo nada. 2º Porque fatalmente eu não tenho créditos no meu celular (Oi) e não entra os bônus generosos que a OI coloca de 5R$ que você certamente só fala : - Oi - E esses bônus acabam. (Lamentável como eles nos enganam ;P).
Lembram da visita ao impacto? Pois então , estive lá mais uma vez, e quero deixar bem claro que as visitas serão mais constante do que eu desejaria ( muita carga e ainda não faço terapia) e as postagens sobre essas visitas acompanharão a mesma frequência, sendo que as únicas coisas a mudar serão as minhas opiniões a cada saída de lá.
Dessa vez foi de forma mais descontraída, mas não menos dolorosa. A sensação de impotência nos agarra de surpresa por saber que somos mais um nesse sitema (ninho de cobras) e que por mais que queiramos desviar os fatos. Eles existem. Acreditem existem.
Nessa visita nós "entrevistamos" dois internos do Impacto ( Hospital Psiquiátrico São Paulo) , o primeiro me deixou registrada a imagem da infelicidade de estar ali dentro, mas quem estaria feliz? Eu juro¹ que eu não. Estando aqui fora e indo lá somente como observadora já é algo carregado de dores, imagina só a permanência?
O segundo interno era de uma falação tão espontanea que chegava a ser engraçado inúmeras vezes, fazendo com que eu me perguntasse se eu estava autorizada a sorrir , a rir e trocar algum tipo de alegria ali dentro. Juro² que me questionei.
" Quem jura mente" ---> Já ouviram isso né?! Mas as duas vezes que jurei aqui, foram juras verdadeiras, eu realmente me policiei a cada momento do riso, pois me sentia invasiva ao espaço deteriorado daquelas pessoas, como se não fosse um direito meu rir ali (como se estivesse faltando o respeito), como se ali não fosse permitido sorrir, ter alegrias. E pelas condições que se encontram não é tão difícil pensar de forma oposta.
Bom vou arrumar minhas coisas e é isso aí. Fiquem ligados que pelo visto terá jogo do Brasil hoje, eu não sei ao ceerto, mas Camila que falou neh?!! =)